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Cetesb autoriza hidrovia da Carbocloro

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Sexta-feira, 5 de agosto de 2011 
E-1 – Indústria

Empresa transportará sal em barcaças pelo Rio Cubatão entre a fábrica e navios aportados no Largo do Canéu, evitando a rodovia 

MANUEL ALVES FERNANDES

DA REDAÇÃO

A Cetesb concedeu licença de instalação para a Carbocloro transportar sal em barcaças pelo Rio Cubatão, desde o Largo do Canéu, que fica nas proximidades da região portuária de Santos, até a fábrica.

O primeiro passo da implantação desse sistema hidroviário de cargas na cidade começará com a construção de um píer de atracação, na margem esquerda do Rio Cubatão, em frente ao pátio de estocagem da empresa.

O sal é a matéria-prima usada para a fabricação de cloro-soda e derivados na Carbocloro em Cubatão. O projeto deverá ser concluído até o final de 2012, quando terá início o transporte hidroviário de cargas ao longo de 11 quilômetros dos rios Cubatão e Casqueiro.

A Carbocloro vai investir US$ 25 milhões no projeto. Segundo a assessoria de Comunicação da Cetesb, a Licença de Instalação (LI) foi concedida à Carbocloro noprocesso 13.682/2004 em julho.

Entre as 28 condicionantes ao prosseguimento da licença de instalação para a implantação da hidrovia pelos rios Casqueiro, Cascalho e Cubatão estão a necessidade de obter autorização da Marinha e da Codesp para a construção do cais fluvial na margem esquerda do Rio Cubatão e da estrutura de atracação de navios no Largo do Canéu.

“Haverá, por parte da Cetesb, o acompanhamento do cumprimento dessas exigências para que possa ser emitida a Licença de Operação, a última etapa do licenciamento”, informa a assessoria de imprensa da empresa.

Quando a hidrovia entrar em operação deixarão de ser feitas pelas vias Anchieta e Cônego Domenico Rangoni 60 mil viagens de caminhões por ano exigidas atualmente para o transporte desse sal.

O licenciamento de instalação é a penúltima etapa do início do empreendimento. A empresa obteve licença ambiental prévia em meados de 2009 e conseguiu acelerar a permissão ao fazer algumas alterações no projeto inicial.

A Carbocloro propôs a utilização de barcaças de menor porte em relação ao plano anterior, o que dispensará o aprofundamento do canal do rio, assoreado pelo arraste natural de areia de aluvião, que desce a Serra do Mar, durante as cheias de verão. Serão utilizadas barcaças com capacidade até 800 toneladas, em lugar das anteriormente projetadas para 1.500 toneladas de sal.

No primeiro projeto apresentado, haveria a necessidade de retirar 88 mil metros cúbicos de areia do leito do rio para permitir a navegação de barcaças de maior porte.

Segundo o engenheiro Teodoro Pavão, gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Carbocloro, no Largo do Canéu, onde os navios ficarão atracados, serão colocados berços de transbordo das cargas.

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Hidrovia será implantada em 2012

E-1 – Indústria

Sexta-feira, 15 julho de 2011.

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Expectativa da Carbocloro é colocar o sistema de transporte de sal pelo Rio Cubatão em operação até meados do próximo ano 

A REDAÇÃO

O presidente da Carbocloro, MarioCilento, está na expectativa de dar início, até meados do próximo ano, ao sistema de transporte hidroviário de sal pelo Rio Cubatão entre a empresa, localizada na cidade, e o Porto de Santos.

“Estamos muito confiantes e achamos que vai ser uma experiência muito bem-sucedida”, disse ele durante a visita de integrantes do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema), da Fiesp à empresa, terça-feira. Presidido por WalterLazzarini, ex-secretário estadual de Agricultura e presidente da Cetesb de 1991 a 1993, o conselho é composto por integrantes da sociedade civil, representantes de empresas filiadas à Fiesp e autônomos.

O projeto de implantação do sistema hidroviário de transporte de matérias-primas pelo Rio Cubatão vem sendo examinado há quatro anos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente. A empresa obteve licença ambiental parcial e vem atendendo a todas as exigências impostas pelas autoridades ambientais na expectativa de implantar o empreendimento. O uso do rio vai reduzir a emissão de poluentes, por queima de combustível, ao tirar das estradas 60 caminhões utilizados hoje no sistema convencional de transporte do sal.

A Cetesb está avaliando agora, segundo Cilento, autorização de instalação do atracadouro para as barcaças que transportarão sal no trecho do rio em frente à Carbocloro.

Para Lazarini, que defende a desburocratização do licenciamento ambiental, as dificuldades enfrentadas pela Carbocloro nesse projeto são um exemplo do que vem acontecendo em todo o País.

De acordo com ele, a demora em concluir o exame de estudos e relatórios legais se deve à falta de material humano nos organismos ambientais, sobrecarregados de serviço. Por isso, muitas vezes são adiados e também desestimulados projetos que gerariam muitos empregos e negócios.

Ele enfatizou que a gestão ambiental é um componente importante no custo das indústrias. Mas, as obrigações legais tem de ter o mesmo peso para os diversos atores envolvidos na cadeia produtiva.

“É muito importante que haja responsabilidade definida para todos os setores. Muitas vezes querem punir algumas áreas e outras não, isso não pode acontecer. Precisamos de um diálogo franco e direto, observando o que é justo e o que é necessário ser feito em termos de responsabilização comum”, frisou.

LICENÇA DEFINITIVA
A Carbocloro aguarda desde 2007 o licenciamento definitivo para utilizar a hidrovia. A intenção da empresa é receber sal no Porto de Santos e transportá-lo por barcaças. Na empresa, esteiras fariam o transporte do produto desde o atracadouro até o armazenamento.

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