Arquivo do mês: abril 2010

Informações úteis sobre reciclagem

http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/reciclagem/dicas_de_reciclagem.html

Dicas de Reciclagem:
Redação Ambiente Brasil

1. Recicle o vidro. Calcula-se que a reciclagem de 1 tonelada de vidro poupa 65% da energia necessária à produção da mesma quantidade. Aproveite as embalagens de vidro para conservar alimento no frigorífico, na geladeira ou no freezer.

2. Uma só pilha contamina o solo durante 50 anos. As pilhas incorporam metais pesados tóxicos.

3. Prefira eletrodomésticos recentes e de qualidade, pois gastam menos energia.

4. Regue as plantas de manhã cedo ou ao cair da noite. Quando o sol está alto e forte, grande parte da água perde-se por evaporação.

5. Uma torneira a pingar significa 190 litros de água por dia que vão pelo cano abaixo.

6. Desligue o fogão elétrico, antes de terminado o cozimento, a placa mantém-se quente por muito tempo.

7. Desligue o ferro um pouco antes de acabar de passar a roupa – ele vai se manter quente durante o tempo necessário para acabar a tarefa.

8. Seja econômico: poupe papel, usando o outro lado para tomar notas ou fazer rascunhos; os pratos e copos de papel são ótimos para piqueniques.

9. Em vez de reciclar, tente preciclar (evitar o consumo de materiais nocivos e o desperdício).

10. Um terço do consumo de papel destina-se a embalagens. E alguns têm um período de uso inferior a 30 segundos. Contribua para a redução do consumo dos recursos naturais.

11. Regule o seu carro e poupará combustível. Use gasolina sem chumbo.

12. Sempre que possível, reduza o uso do carro. Para pequenas distâncias, vá a pé. Partilhe o carro com outras pessoas. Sempre que puder opte pelos transportes coletivos.

13. Prefira lâmpadas fluorescentes compactas para as salas cujo índice de ocupação é maior – são mais eficazes se estiverem acesas durante algumas horas. Embora mais caras, duram mais e gastam um quarto da energia consumida pelas lâmpadas incandescentes. Você vai evitar que meia tonelada de dióxido de carbono seja expelida para a atmosfera.

14. Os transportes públicos consomem 1/13 da energia necessária para transportar o mesmo número de passageiros por carro. Implemente uma política de transportes para os empregados.

15. As fotocopiadoras e as impressoras a laser utilizam cassetes de toner de plástico, que freqüentemente têm de ser substituídas. Contate uma empresa que recicle esse plástico ou que o use novamente.

16. Um estudo desenvolvido pela NASA mostra que as plantas conseguem remover 87% dos elementos tóxicos do ambiente de uma casa no espaço de 24 horas. Distribua plantas profusamente por todas as instalações. Recomenda-se, pelo menos, uma planta de 1,2 a 1,5 metros por cerca de 10 metros quadrados. Escolha espécies de plantas que se dêem bem com pouca luz natural.

17. Instale lâmpadas fluorescentes. Substituir-se uma lâmpada tradicional por uma fluorescente evita o consumo de energia equivalente a cerca de um barril de petróleo ou 317 quilogramas de carvão, que produziria 1 tonelada de dióxido de carbono (o maior gás de estufa) e 6 quilogramas de dióxido de enxofre, que contribui para a chuva ácida. As lâmpadas fluorescentes, além disso, duram em média, 13 vezes mais do que uma lâmpada incandescente. São bons motivos para escolher.

18. Desligue as luzes e os equipamentos (computadores fotocopiadoras, etc.) quando sair do escritório. Está provado que, se durante um ano desligarem-se dez computadores pessoais, à noite e durante os fins-de-semana, vai se poupar em energia o equivalente ao preço do computador. Instale sensores de presença que desliguem as luzes sempre que a sala fique vazia.

19. Antes de decidir comprar equipamentos para o escritório, saiba que as impressoras a jato de tinta usam 99% menos energia que as impressoras a laser, durante a impressão, e 87% menos quando inativas; os computadores portáteis consomem 1% da energia de um computador de escritório. Se for possível, opte por esses equipamentos.

20. Calcula-se que um em cada quatro documentos enviados por FAX são posteriormente fotocopiados porque o original tende a perder visibilidade. Desta forma gasta-se não só o papel de FAX (normalmente não reciclável porque é revestido com produtos químicos que são aquecidos para a impressão) mas também o de fotocópia. Compre um aparelho de fax que use papel normal. Funcionam como fotocopiadoras ou impressoras em papel vulgar.

21. Roupas usadas podem ser dadas a outras pessoas ou a bazares de caridade.

22. Brinquedos velhos, livros e jogos que você não quer mais podem ser aproveitados por outros; portanto, não os jogue fora.

23. Descubra se há locais apropriados para o recolhimento de papel velho. Normalmente, esses locais são organizados pelas autoridades locais ou instituições de caridade.

Reduzir, Reutilizar e Reciclar são as palavras da hora.
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Com certeza todos já sabem dessas dicas, mas não custa nada relembrar!
Continuem acessando, divulgando e comentando.
Em breve novidades sobre o projeto Voluntários do rio.
Até mais!

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Lixo: Importação de resíduos movimenta a economia

Última reportagem da série especial, exibida pelo Bom Dia Brasil, mostra que preço do lixo pode ser muito caro. Matéria de 16 de abril, mostra a falta de fiscalização de cargas importadas no Porto de Santos e o mais surpreendente, muitas delas contém lixo de outros país, que a lei brasileira permite exportar.



Por enquanto é só.
Em breve novidades sobre as novas ações do projeto Voluntários do rio.
Continuem acessando, divulgando e comentando.
Até mais.

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Energia limpa que vem do lixo

http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=138526

Europa adota novos incineradores que convertem resíduos em calor e eletricidade. Processo reduz o custo energético e beneficia o meio ambiente

ELISABETH ROSENTHAL
THE NEW YORK TIMES

HORSHOLM, Dinamarca. Os advogados e engenheiros que moram em uma área elegante em Horsholm convivem em paz com o vizinho do outro lado da cerca: uma enorme usina de energia que queima milhares de toneladas de lixo doméstico e industrial ininterruptamente.

Muito mais limpo do que os incineradores convencionais, esse novo tipo de usina converte o lixo local em calor e eletricidade. Dezenas de filtros apanham os poluentes, desde mercúrio até dioxina, que saíam das chaminés uma década atrás.

Foi justamente na última década que esse tipo de usina virou o destino principal do descarte de lixo e uma fonte crucial de energia em toda a Dinamarca, desde áreas ricas como Horsholm até o centro de Copenhague. Essas usinas reduziram os custos energéticos do país e sua dependência de petróleo e gás para aquecimento.

Elas também beneficiaram o meio ambiente, diminuindo o uso de aterros e cortando as emissões de dióxido de carbono. As usinas são tão ambientalmente limpas que, muitas vezes, sai menos dioxina das suas chaminés do que das lareiras domésticas e das churrasqueiras de fundo de quintal.

Com todas essas inovações, a Dinamarca agora considera o lixo uma alternativa de energia limpa, em vez de vê-lo como um problema fedorento e desagradável. E os incineradores, conhecidos como usinas de “lixo para energia”, tornaram-se uma marca das cidades, enquanto comunidades como Horsholm disputam para que eles sejam construídos em seus territórios.

Expansão. A Dinamarca agora tem 29 usinas de incineração, que servem a 98 municípios em um país de 5,5 milhões de habitantes. Outras dez usinas estão sendo planejadas e em fase de construção. Em toda a Europa, existem cerca de 400 usinas, sendo Dinamarca, Alemanha e Holanda os países líderes em expansão e construção nesse segmento.

Em contraste, nenhuma usina de lixo para energia está sendo construída ou planejada nos Estados Unidos, segundo a Agência de Proteção Ambiental, embora o governo federal e 24 Estados classifiquem o lixo que é queimado para se obter energia como um combustível renovável e, em muitos casos, passível de subsídios. Existem apenas 87 usinas incineradoras de lixo nos EUA, país com mais de 300 milhões de habitantes, e quase todas elas foram construídas há pelo menos 15 anos.

Em vez de incineradores, aterros sanitários distantes continuam como o destino principal do lixo norte-americano. “A Europa nos deixou para trás com essa tecnologia”, disse Ian Bowles, ex-oficial do governo Clinton e atual secretário de Energia de Massachusetts.

“Os atuais aterros norte-americanos estão transbordados e a pressão para se reduzir a emissão de gases do efeito estufa está aumentando. Com isso, muitos Estados estão considerando propostas de reutilização do lixo para a produção de energia. Mas deve haver resistência, da mesma forma que as turbinas de vento para se obter energia eólica causam protestos”.

Leis incentivam a adoção de novas tecnologias
HORSHOLM. Na Europa, as leis ambientais aceleraram o desenvolvimento de programas de lixo para energia. A União Europeia restringe a criação de novos aterros sanitários e, além disso, os países membros já começaram a cumprir os compromissos de redução das suas emissões de dióxido de carbono até 2012.

Por outro lado, o lixo não pode ser descartado facilmente longe das vistas da população em países pequenos e densamente habitados. Em Horshholm, atualmente, apenas 4% do lixo vai para aterros. O outro 1% – químicos, tintas e equipamentos eletrônicos – é despachado para “descartes especiais” em lugares distantes, como uma mina de sal abandonada na Alemanha. Do lixo da cidade, 61% é reciclado e 34%, incinerado em usinas de energia.

Como funciona.
Os atuais incineradores geradores de energia têm pouco em comum com os modelos sopradores de fumaça de antigamente. Eles têm vários filtros e depuradores de ar recém-desenvolvidos para capturar vários químicos prejudiciais à saúde – ácido hidroclórico, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, dioxinas, furano e metais pesados –, além de partículas pequenas. As emissões das usinas em todas as categorias foram reduzidas para um percentual de 10% a 20% dos níveis permitidos pelos rígidos padrões ambientais europeus.

No final do processo de incineração, os ácidos, metais pesados e a gipsita extraídos são vendidos para uso em indústrias e construção. Pequenas quantidades de substâncias tóxicas altamente concentradas formam uma pasta e são enviadas para um ou dois depósitos de materiais altamente perigosos. “Os elementos perigosos são manuseados com cuidado, em vez de serem dispersos em um aterro”, disse Ivar Green-Paulsen, gerente geral da maior usina de incineração da Dinamarca. (ER/NYT)

Publicado em: 15/04/2010
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Inovação é a alma do negócio, não é?
Continuem acessando, divulgando e comentando.
Até a próxima!

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Lixo: crianças catam restos em uma vida sem escolhas

Por Renato Silvestre

Matéria chocante do Bom Dia Brasil de 05 de abril de 2010. Crianças brasileiras acordam cedo para garimpar o que sobrou de comida, vivem longe da escola e são vítimas de violência e exploração. Lamentável realidade que bate à nossa porta sem que possamos perceber, com a conivência e a ausência completa das três esferas governamentais.

Triste e vergonhoso. O que se pode esperar de um país que expõe suas crianças, o futuro da nação, a tal falta de perspectiva e a tamanha humilhação?

Em pleno século XXI, quando deveríamos estar mais preocupados com evoluções tecnológicas que permitissem a humanidade viver de maneira mais saudável, confortável e com respeito ao meio ambiente, mal se consegue dar o mínimo de dignidade aos cidadãos brasileiros.

A lixeira não pode ser o prato de ninguém e muito menos o lixo ser comida para a nossa infância. Um grande exército de famintos e analfabetos, infelizmente, ainda se forma nesse país, em uma marcha constante e decadente rumo a um futuro sombrio, onde ser humano é apenas um detalhe.

Desculpem o desabafo.

Continuem acessando, comentando e divulgando o blog.
Até breve.

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Lixo: moradores de um bairro no Japão são exemplos de como cuidar bem dos resíduos

Depois de ver tantos maus exemplos do despreparo brasileiro com a questão do lixo, é hora de conhecer, através dessa matéria do Bom Dia Brasil de 09 de abril de 2010, o bairro mais moderno de Tóquio. Um exemplo de convivência com o lixo, com praticamente 100% de todos os resíduos gerados pela população sendo reaproveitados.

Como seria bom se todas as cidades, especialmente as brasileiras, fossem assim. Realmente é coisa de japonês, sensacional a cultura, a educação e a tecnologia deste povo.

Até breve.

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Lixo: o desafio de cuidar dos detritos

Excelente matéria exibida no Bom Dia Brasil de 06/04/2010. No Brasil, cuidar do lixo é um desafio gigantesco. Existem boas iniciativas, mas elas ainda são poucas e insuficientes.

Comentem, continuem acessando e divulgando esse espaço.
Até breve.

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Ozônio e fuligem são os vilões do ar

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100401/not_imp532280,0.php

Relatório ambiental do Estado reforça a culpa do aumento da frota de veículos

01 de abril de 2010

Andrea Vialli – O Estadao de S.Paulo

O ozônio e o material particulado (MP) foram os poluentes que mais comprometeram a qualidade do ar no Estado de São Paulo em 2009. Ambos têm origem nas emissões de veículos e estão ligados ao aumento da frota. O ozônio foi o poluente que mais ultrapassou os limites considerados aceitáveis, principalmente na região metropolitana de São Paulo: em 2009, o padrão de qualidade do ar foi violado em 57 dias contra 49 em 2008.

Os dados fazem parte do Relatório de Qualidade Ambiental 2010, publicação produzida pela equipe técnica da Secretaria de Meio Ambiente (SMA) de São Paulo e divulgada ontem. O estudo, anual, apresenta um diagnóstico da qualidade ambiental em todo o Estado e abrange recursos hídricos, uso e ocupação do solo, ar, recursos pesqueiros, biodiversidade e saneamento.

Os números do relatório apontam para a estabilização na concentração média anual de materiais particulados (a popular fuligem). A taxa passou de 39 microgramas por metro cúbico de ar, em 2008, para 34, em 2009, patamar considerado elevado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) trata o material particulado como poluente sem limiar, ou seja, há riscos à saúde em qualquer nível de exposição.

“O grande desafio ambiental de São Paulo são os problemas ligados à metrópole, como qualidade do ar, saneamento, lixo e drenagem urbana”, diz Casemiro Tércio Carvalho, coordenador de Planejamento Ambiental da SMA. Segundo ele, houve melhoria na qualidade do ar no interior, reflexo da redução das queimadas nos canaviais.

No entanto, a qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo continua preocupante. “Além do crescimento da frota de veículos há o agravante de que o nosso diesel ainda é um dos mais poluentes do mundo, com alto teor de enxofre”, diz Carvalho.

Há alguns anos, o ozônio é o poluente que mais preocupa especialistas e autoridades em São Paulo. Ele é chamado de poluente secundário por ser formado a partir de reações entre óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, emitidos pelos escapamentos dos veículos, na presença de luz solar. Por sua formação estar relacionada a outros compostos e depender de condições meteorológicas, seu controle é muito difícil.

No ano passado, foram observados picos de concentração de ozônio mesmo em feriados prolongados e fins de semana, quando a circulação de automóveis é inferior à dos dias úteis.

“Não teremos controle dos níveis de ozônio enquanto a cidade de São Paulo colocar mil novos carros nas ruas todos os dias”, afirma Ricardo Abramovay, professor do Núcleo de Economia Socioambiental (Nesa) da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, os dados do relatório da SMA permitirão o planejamento das políticas públicas nos próximos anos. “Elas terão de passar necessariamente pela melhoria dos sistemas de transporte coletivo”, diz.

Frustração. Para o médico Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP, isso parece longe de acontecer. “A questão do ozônio não tem remédio”, resume.

“Essa é uma grande frustração. As políticas públicas caminham no sentido de priorizar o transporte individual e o governo incentivou isso, dando redução de impostos para a compra de automóveis”, diz Saldiva. Segundo eles, cidades como Santiago e Bogotá conseguiram estabilizar os níveis de ozônio com investimentos maciços em melhoria do transporte coletivo.

Sem remédio

CASEMIRO CARVALHO COORDENADOR DA SMA
“O grande desafio ambiental de São Paulo são os problemas ligados à metrópole, como qualidade do ar, saneamento, lixo e drenagem urbana.”

PAULO SALDIVA MÉDICO DA USP
“A questão do ozônio não tem remédio.”

“As políticas públicas caminham no sentido de priorizar o transporte individual
e o governo incentivou isso, dando redução de impostos na compra de automóveis.”

GLOSSÁRIO

Ozônio
O ozônio encontrado na faixa de ar próxima ao solo, onde respiramos, é tóxico. O poluente resulta das reações entre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis (que saem dos escapamentos dos veículos), na presença da luz solar. Só na estratosfera (a cerca de 25 km de altitude) o ozônio tem a função de proteger a Terra de raio ultravioleta emitido pelo Sol, funcionando como um filtro.

Material particulado
Também conhecido como fuligem, são as partículas sólidas ou líquidas emitidas por fontes de poluição do ar. Em São Paulo, a maior parte vem das emissões dos veículos. As partículas de maior interesse para a saúde pública são as inaláveis, ou seja, aquelas que têm poder de penetração maior que 50% no trato respiratório médio e inferior. Causam irritação nos olhos e garganta e reduzem a resistência às infecções.
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Indústrias terão metas de reciclagem

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100330/not_imp531078,0.php

30 de março de 2010 | 0h00
O Estadao de S.Paulo
Afra Balazina
Andrea Vialli

O secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano, assina hoje uma resolução que define os produtos que geram resíduos de impacto significativo no meio ambiente. O objetivo é cobrar das empresas responsáveis metas de reciclagem desses produtos.

De acordo com a resolução, que será assinada às vésperas da saída do governador José Serra do governo de São Paulo, as companhias terão de manter, individualmente ou por meio de parcerias, postos de entrega voluntária das embalagens ou dos produtos depois de consumidos. Estão na lista pneus, lâmpadas fluorescentes, baterias de carros, produtos eletroeletrônicos e embalagens de bebida, comida e produtos de limpeza, entre outros.

A resolução é resultado da Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei n.º 12.300), aprovada em 2006.

“Queremos que a indústria se responsabilize pelo aumento da reciclagem no Estado”, afirmou Casemiro Tércio Carvalho, coordenador de Planejamento Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SMA). De acordo com ele, as metas de recolhimento serão diferentes para cada produto e definidas até 31 de dezembro deste ano pela Comissão Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos.

Nada impede, diz Carvalho, que a primeira meta seja fechada no próximo mês, por exemplo. O plástico PET é um dos setores mais avançados em reciclagem, com índices superiores a 50%, e pode ser um dos primeiros a receber a meta.

Os objetivos para cada produto vão depender de fatores como a implantação da coleta seletiva nos municípios e da capacidade instalada para beneficiar e transformar os resíduos que forem coletados.

As empresas que não cumprirem a meta estabelecida podem ser punidas com multa – o valor da infração será definido pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A resolução não deixa claro, no entanto, como será o controle do cumprimento da resolução.

Incentivo
A norma também estabelece que as empresas terão de orientar os consumidores sobre a necessidade de fazer a devolução. “A população também é responsável”, afirma o coordenador. Segundo ele, a Alemanha foi um dos países que inspiraram essa resolução estadual. Naquele país, porém, quando determinados produtos são devolvidos para reciclagem, a pessoa recebe uma compensação financeira.

Essa espécie de crédito de reciclagem está em discussão também em São Paulo, mas juristas argumentam que o assunto, por se tratar de uma regulação econômica, só possa ser feita por meio de legislação federal.

“É preciso valorar o resíduo. Temos de transformar a reciclagem em um negócio lucrativo”, afirma Carvalho. De acordo com ele, durante a crise financeira, em 2008, muitas cooperativas de reciclagem pararam de trabalhar porque o preço caiu muito. “O quilo de PET passou de R$ 1,20 para R$ 0,60”, conta.

Em sua opinião, o consumidor futuramente também deverá arcar com os custos da reciclagem – com o acréscimo de alguns centavos por embalagem, por exemplo – o que será positivo para que ele se conscientize.

Lei nacional
A resolução paulista surge no momento em que a lei nacional dos resíduos sólidos, que prevê um marco regulatório para o lixo no Brasil, está prestes a ser votada no Senado. A lei nacional foi aprovada neste mês pela Câmara dos Deputados, após 19 anos de tramitação (mais informação nesta pág.).

As duas leis possuem pontos em comum. A principal delas é a responsabilidade compartilhada pela destinação dos resíduos. Nesse sistema, fabricantes, distribuidores, órgãos públicos e consumidores têm responsabilidade sobre o lixo. Isso inclui a chamada logística reversa, que é o recolhimento de embalagens e equipamentos ao fim de sua vida útil.

Mas também há diferenças. Ao contrário da resolução paulista, a lei nacional não prevê a fixação de metas para reciclagem conforme o produto, nem por município. “É difícil o cumprimento de metas de reciclagem por município, pois a maioria das cidades não tem ainda programas de coleta seletiva”, diz André Vilhena, diretor executivo do Cempre, entidade que estimula a reciclagem no setor privado. /COLABOROU EDUARDO REINA

LISTA
Empresas terão de cumprir metas de coleta e reciclagem dos seguintes produtos:

Filtros de óleo lubrificante automotivo
Embalagens de óleo lubrificante automotivo
Lâmpadas fluorescentes
Baterias de carros
Pneus
Produtos eletroeletrônicos
Embalagens primárias, secundárias e terciárias de alimentos e bebidas, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza, bens de consumo duráveis
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Por enquanto é isso!
Comentem, questionem e divulguem.
Até breve.

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