Cubatão inicia mapeamento de trilhas na Mata Atlântica

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cubatao-inicia-mapeamento-de-trilhas-na-mata-atlantica,747920,0.htm  

21 de julho de 2011 | 9h 22

O Estado de S.Paulo

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Cubatão, na Baixada Santista, começou ontem a realizar o mapeamento geográfico e fotográfico de todas as trilhas e braços de rios do município.

O trabalho é realizado em parceria com o Corpo de Bombeiros e deverá ser concluído em dois meses. O mapeamento tem três objetivos: segurança, ecoturismo e pesquisa.

A intenção é coletar informações detalhadas dos locais para que os bombeiros possam realizar mais rapidamente o resgate de pessoas que se perdem na mata – neste ano foram registradas ocorrências envolvendo 20 pessoas. Os dados devem ajudar também a desenvolver roteiros ecoturísticos monitorados pela prefeitura e catalogar lugares que poderão ser utilizados em pesquisas científicas e em medições de índices de degradação ambiental.

Atualmente, a prefeitura de Cubatão desconhece o número exato de quilômetros de trilhas existentes no município, sejam em manguezais ou nas florestas de Mata Atlântica, ao pé e na subida da Serra do Mar. Mas cita as trilhas de Parque do Perequê, Itutinga Pilões, Parque do Quilombo e Trilha do Diabo como as mais utilizadas. / ANDREA VIALLI e REJANE LIMA

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Excelente iniciativa da Prefeitura de Cubatão! Esse é um processo fundamental de auto-conhecimento do meio ambiente local que possibilitará compreender a riqueza que a Cidade tem nas mãos. A partir daí, todas as ações com foco na Mata Atlântica serão facilitadas, inclusive o fortalecimento do ecoturismo, que é fundamental dentro do processo de mudança da imagem de Cubatão, ainda arranhada pelo descuido ambiental de outrora.

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Cerca de 60% do lixo hospitalar são descartados de maneira inadequada

Veja essa matéria imperdível e alarmante veiculada no Fantástico do último domingo, 17 de julho! A situação do lixo hospitalar no Brasil é preocupante. Falta controle e dar a destinação correta para esses materiais que estão contaminados, contaminam o solo e ainda colocam em risco a situação já precária dos catadores!

É isso. Até breve!

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Hidrovia será implantada em 2012

E-1 – Indústria

Sexta-feira, 15 julho de 2011.

http://www.atribuna.com.br

Expectativa da Carbocloro é colocar o sistema de transporte de sal pelo Rio Cubatão em operação até meados do próximo ano 

A REDAÇÃO

O presidente da Carbocloro, MarioCilento, está na expectativa de dar início, até meados do próximo ano, ao sistema de transporte hidroviário de sal pelo Rio Cubatão entre a empresa, localizada na cidade, e o Porto de Santos.

“Estamos muito confiantes e achamos que vai ser uma experiência muito bem-sucedida”, disse ele durante a visita de integrantes do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema), da Fiesp à empresa, terça-feira. Presidido por WalterLazzarini, ex-secretário estadual de Agricultura e presidente da Cetesb de 1991 a 1993, o conselho é composto por integrantes da sociedade civil, representantes de empresas filiadas à Fiesp e autônomos.

O projeto de implantação do sistema hidroviário de transporte de matérias-primas pelo Rio Cubatão vem sendo examinado há quatro anos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente. A empresa obteve licença ambiental parcial e vem atendendo a todas as exigências impostas pelas autoridades ambientais na expectativa de implantar o empreendimento. O uso do rio vai reduzir a emissão de poluentes, por queima de combustível, ao tirar das estradas 60 caminhões utilizados hoje no sistema convencional de transporte do sal.

A Cetesb está avaliando agora, segundo Cilento, autorização de instalação do atracadouro para as barcaças que transportarão sal no trecho do rio em frente à Carbocloro.

Para Lazarini, que defende a desburocratização do licenciamento ambiental, as dificuldades enfrentadas pela Carbocloro nesse projeto são um exemplo do que vem acontecendo em todo o País.

De acordo com ele, a demora em concluir o exame de estudos e relatórios legais se deve à falta de material humano nos organismos ambientais, sobrecarregados de serviço. Por isso, muitas vezes são adiados e também desestimulados projetos que gerariam muitos empregos e negócios.

Ele enfatizou que a gestão ambiental é um componente importante no custo das indústrias. Mas, as obrigações legais tem de ter o mesmo peso para os diversos atores envolvidos na cadeia produtiva.

“É muito importante que haja responsabilidade definida para todos os setores. Muitas vezes querem punir algumas áreas e outras não, isso não pode acontecer. Precisamos de um diálogo franco e direto, observando o que é justo e o que é necessário ser feito em termos de responsabilização comum”, frisou.

LICENÇA DEFINITIVA
A Carbocloro aguarda desde 2007 o licenciamento definitivo para utilizar a hidrovia. A intenção da empresa é receber sal no Porto de Santos e transportá-lo por barcaças. Na empresa, esteiras fariam o transporte do produto desde o atracadouro até o armazenamento.

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ONU destaca moradia popular ”verde” em Cubatão

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110713/not_imp744231,0.php

Nações Unidas reconhecem construção da CDHU no Estado como exemplo de prática sustentável que pode ser replicada em outros países

13 de julho de 2011 | 0h 00
Andrea Vialli e Rejane Lima – O Estado de S.Paulo

ENVIADA ESPECIAL / CUBATÃO

A construção verde, com tecnologias que poupam água, energia elétrica e usam materiais que afetam menos o ambiente, não é mais privilégio de edifícios corporativos ou condomínios de alta renda. Em São Paulo, conjuntos habitacionais populares já ostentam várias dessas tecnologias.

A Companhia de Desenvolvimento Urbano e Social (CDHU) começou a experimentar a construção verde em casas populares em 2007. Uma delas, o conjunto habitacional Rubens Lara, em Cubatão, chamou a atenção das Nações Unidas. O programa Sushi (Iniciativa de Habitação Social Sustentável, na sigla em inglês), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, reconheceu o projeto como alternativa que pode ser replicada.

Silvio Torres, secretário estadual de Habitação, diz que a incorporação de tecnologias verdes na construção de moradias populares faz parte de um programa mais abrangente, a remoção da população de áreas consideradas de risco (mais informações nesta página). “Hoje existem no Estado 350 mil unidades habitacionais do CDHU e há potencial para que 200 mil adotem tecnologias verdes”, diz.

Outro conjunto da CDHU, em Santo André, é construído com critérios verdes. A meta é buscar uma certificação de mercado de construção verde.

“O grande desafio é conciliar baratos com tecnologias mais caras – mas que podem proporcionar economia no longo prazo”, diz o secretário. É o caso do aquecedor solar, que, embora mais caro que o chuveiro elétrico, proporciona uma economia de cerca de 30% na conta de energia.

Luz natural. Em geral, construir de forma verde custa 10% mais que uma obra comum. “Mas isso não é custo, é investimento”, diz Marcelo Prado, arquiteto responsável pelo conjunto de Cubatão. De longe, já se percebe que as janelas dos prédios do Rubens Lara são maiores que as das construções populares mais antigas que o rodeiam.

As janelas amplas, que permitem maior iluminação e ventilação dos imóveis, e os cilindros metálicos, que integram o sistema de captação de energia solar para aquecer a água, são duas das várias medidas de construção verde utilizadas pela CDHU no conjunto construído para abrigar famílias retiradas das encostas da Serra do Mar.

Segundo o assessor de sustentabilidade da Secretaria de Habitação, Gil Scatena, as medidas que facilitam a acessibilidade também chamaram a atenção da ONU. “As portas são mais largas, as janelas e interruptores estão em altura adequada e há apartamentos térreos para portadores de deficiência”, explica.

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Até mais!

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América Latina é 2º região que mais investe em energias renováveis

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/940799-america-latina-e-2-regiao-que-mais-investe-em-energias-renovaveis.shtml 

DA EFE, EM TORONTO

A América Latina foi em 2010 a segunda região do mundo que mais investiu no setor das energias renováveis, com aumento de 39% com relação ao ano anterior, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta quinta-feira (7).

O setor das energias renováveis recebeu em 2010 no mundo todo investimentos no valor de US$ 211 bilhões, 32% a mais que em 2009 e 540 % acima do valor de 2004.

O relatório do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) assinala que o aumento do número de fazendas eólicas da China e de pequenas plantas solares nos edifícios europeus foram os principais responsáveis pelo aumento significativo dos investimentos em 2010.

Contudo, o documento também aponta que, pela primeira vez, as economias em desenvolvimento superaram às dos países desenvolvidos em termos de “novos investimentos financeiros”, ou seja, o gasto em projetos de energias renováveis de grande escala e o fornecimento de capital a companhias deste setor.

No capítulo “Novos Investimentos Financeiros”, os países em desenvolvimento destinaram US$ 72 bilhões, US$ 2 bilhões a mais que os países desenvolvidos.

Entre as nações em desenvolvimento, a China foi a que mais investiu em energias renováveis em 2010, com US$ 48,9 bilhões, 28% a mais que em 2009.

A América Latina foi a segunda região do mundo, já que aplicou US$ 13,1 bilhões, um aumento de 39% comparado ao ano anterior.

O Oriente Médio e a África empregaram US$ 5 bilhões, um aumento de 104%, a Índia US$ 3,8 bilhões – 25% de aumento, e os países em desenvolvimento da Ásia (excluindo China e Índia), US$ 4 bilhões – 4% a mais que 2009.

O diretor-executivo do PNUMA e o subsecretário-geral da ONU, Achim Steiner, comunicou em nota oficial que “o crescimento sustentável deste segmento central da economia verde não é uma casualidade”.

“A combinação de objetivos estabelecidos pelos governos, políticas de apoio e fundos de estímulo estão sustentando o crescimento do setor de renováveis e aproximando a transformação que tanto é necessária no nosso sistema de energia global”, acrescentou Achim.

AMÉRICA LATINA

Na América Latina, o Brasil, o México, o Chile e a Argentina foram os líderes em investimentos de energias renováveis.

O Brasil foi o principal investidor da região, já que empregou US$ 7 bilhões. Porém, paradoxalmente o número foi 5% inferior ao de 2009.

O relatório assinala que a queda de 2010 – que apontou uma baixa contínua em 2009 de 44% – foi consequência da “consolidação do setor de biocombustíveis brasileiro que está em grande medida fragmentado”.

“Não foi por falta de interesse, simplesmente ficou concentrado em fusões e aquisições que não são contabilizadas como novos fundos para esse setor”, acrescentou o relatório.

E a consolidação do mercado brasileiro vai continuar nos próximos anos porque ainda tem 220 empresas no mercado de etanol, embora apenas 10 tenham capacidade para gerar mais de 10 milhões de toneladas do combustível.

No México, os investimentos aumentaram 348% em 2010, até chegar a US$ 2,32 bilhões, principalmente em energia eólica, mas também em geotérmica, devido à decisão das autoridades mexicanas de aumentar a capacidade das energias renováveis do atual 3,3% ao 7,5% para 2012.

O grande filão desta política é a energia eólica porque os planos do governo mexicano assinalam que 4,3% da energia total do país terão que ser originadas em fazendas de vento. Em 2010, o México financiou 988 megawatts de potência de energia eólica.

No Chile, onde o objetivo é providenciar para que 10% da energia seja renovável até 2025, os investimentos totalizaram US$ 960 milhões, um aumento de 21% comparado a 2009.

Da mesma forma, a Argentina estabeleceu para 2016 que 8% do setor energético proceda de fontes renováveis o que significou em 2010 a multiplicação por sete até chegar a US$ 740 milhões.

Já no Peru, o governo fixou que 5% será proveniente de energias renováveis até 2013. No ano passado, os investimentos chegaram a US$ 480 milhões – mais que o dobro em 2009 – destinados principalmente a pequenas centrais hidroelétricas e a plantas de etanol e biomassa.

Na China, o aumento expressivo dos investimentos esteve dirigido pelo crescimento das fazendas eólicas, que abocanharam 78% da soma durante o ano e acrescentaram 17 GWh de potência ao país.

No final de 2010, a capacidade total das fazendas eólicas chinesas era de 42,5 GWh, a maior do mundo e dez vezes mais que a Dinamarca.

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É isso! Até breve…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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6 pecados ambientais da sacola plástica

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/6-pecados-ambientais-sacola-plastica-630926.shtml

 

Saiba porque as polêmicas sacolinhas plásticas distribuídas aos montes por supermercados e centros comerciais em todo o mundo são um perigo ambulante para o meio ambiente

Vanessa Barbosa
Exame.com – 14/06/2011

1. UM PROBLEMÃO QUE LEVA ATÉ 400 ANOS PARA DESAPARECER
É isso mesmo, sacos e sacolas plásticas podem demorar até quatro séculos para se decompor, dependendo da exposição à luz ultravioleta e outros fatores. Trata-se de um período oitocentas vezes maior que o necessário para pôr um fim em materiais como papel ou papelão. Ao contrário do que acontece com o lixo orgânico, que leva entre 2 meses e um ano para “sumir” – sendo decomposto por minhocas, fungos e bactérias – a natureza simplesmente não sabe como se livrar dos plásticos.

Introduzidos na década de 1970, os sacos plásticos são relativamente novos no universo e por isso, segundo cientistas, ainda não há um micoorganismo capaz de decompor no curto prazo esse material, dono de cadeias moleculares quase inquebráveis. Resumo da ópera: apesar de práticas para o homem, as sacolinhas de polietileno feitas a partir de combustível fóssil são um péssimo negócio para a natureza.

2. SOBRECARREGAM ATERROS, REDUZINDO SUA VIDA ÚTIL
Por ano, são produzidos em todo o mundo pelo menos 500 bilhões de unidades de saco plástico, o que equivale a 1,4 bilhão a cada dia ou 1 milhão por minuto. Imagine agora todo esse grande volume de sacolas indo parar nos aterros e lixões a céu aberto. A cena é no mínimo pavorosa, não? No Brasil, os sacos plásticos já representam 10% de todo lixo nacional.

Quando descartados de forma inadequada, eles comprometem a capacidade do aterro, reduzindo sua vida útil e deixando o terreno impermeável e instável para o processo de biodegradação de materiais orgânicos. Pra não falar do tempo quase infinito que levam para desaparecer. Com o excesso de sacolas plásticas, os municípios são obrigados a ampliar seus aterros sanitários.

3. CONTRIBUEM PARA INUNDAÇÕES NOS GRANDES CENTROS URBANOS
Em épocas de chuva, as sacolas mostram as consequências do descarte incorreto, entupindo bueiros nos grandes centros urbanos. Distribuídas a torto e a direito por farmácias, padarias, lojas e principalmente mercados, elas fazem um verdadeiro estrago. Leves e finas, as sacolinhas são varridas pelo vento e pela chuva para os bueiros, prejudicando o escoamento de água, o que contribui para ocorrência de enchentes.

Claro que elas não são as únicas culpadas pelas enchentes e inundações das cidades, mas contribuem muito para agravar o quadro de impermeabilização urbana. Além disso, bueiros entupidos por plásticos tornam-se o ambiente ideal para a reprodução de insetos transmissores de doenças, como mosquitos da dengue.

4. FORMAM ILHAS DE LIXO PLÁSTICO NOS OCEANOS
Nem os oceanos escapam da “plastificação” em massa. Os resíduos plásticos dos aterros urbanos são carregados por enxurradas para o mar ou despejados diretamente nos rios pela população. E eles viajam milhares de quilômetros, sendo encontrados em ilhas e regiões marítimas remotas, bem longe da presença humana. Para se ter uma ideia, uma imensa área entre o litoral da Califórnia e o Havaí ganhou o nome de Lixão de Pacífico. Trata-se uma faixa formada por resíduos com extensão aproximada de 1,6 mil quilômetros que fica à deriva no mar.

Outro exemplo assustador da “plastificação” oceânica pode ser encontrado entre o Rio de Janeiro e a ilha de Ascensão, uma possessão britânica que fica no meio do Oceano Atlântico, no sentido de Angola, no Continente Africano. Uma expedição do projeto 5 Gyres, que avalia a poluição dos oceanos por resíduos plásticos em todo o mundo, encontrou fragmentos plásticos ao longo de todo o percurso de 3,5 mil km entre o Rio e a ilha, como se formassem uma linha fina e ininterrupta de lixo.

5. MATAM MILHARES DE ANIMAIS POR ASFIXIA E INGESTÃO
A poluição dos oceanos por resíduos plásticos têm consequências catastróficas para a vida nesse ecossistema. Muitos animais podem morrer por asfixia ou ingestão de fragmentos. Entre as principais vítimas estão tartarugas marinhas, peixes e aves como o albatroz.

Estimativas do Programa de Meio Ambienta da ONU (UNEP) apontam que anualmente o plástico é responsável pela morte de pelo menos um milhão de animais marinhos. Pelo volume no estômago, o animal que ingere o plástico acha que não precisa se alimentar e acaba morrendo por inanição, isso se não for asfixiado antes. Pior, quando o corpo do animal se decompõe, o plástico ingerido é liberado novamente no meio ambiente.

6. LIBERAM SUBSTÂNCIAS TÓXICAS AO SE DECOMPOR
A decomposição de sacos plásticos na natureza, ainda que demorada, libera substâncias químicas que contaminam o meio ambiente. No mar, esse processo é acelerado devido à exposição do resíduo ao sol e à água. Segundo estudos da Universidade de Nihon, no Japão, quando o plástico se decompõe no mar, libera bisfenol-A (BPA) e oligômero (PS), substâncias químicas tóxicas que podem afetar a reprodução, o crescimento e o desenvolvimento de animais marinhos. Os males do saco plástico não terminam aí. A tinta usada para impressão colorida possui cádmio, um metal pesado altamente tóxico nocivo ao meio ambiente e à saúde dos animais.

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Até breve!

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Lixo pode virar energia em Cubatão

Indústria – E-1
Sexta-feira, 17 de junho de 2011

http://www.atribuna.com.br

Emae encerra em setembro estudos para instalação de usina de tratamento de detritos para produção de eletricidade em 2013

MARCELO SANTOS
DA REDAÇÃO

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) pretende instalar em Cubatão, até 2013, uma usina de lixo para produção de energia elétrica. Segundo o diretor-presidente da empresa, Antônio Bolognesi, os estudos de viabilidade econômica para o projeto começaram há um ano e devem ser concluídos em setembro.

Emseguida, a empresa fará o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima). Aprevisão é investir R$ 480 milhões no projeto para tratamento de 2 mil toneladas de lixo por dia.

Na cidade do Porto, em Portugal, uma usina semelhante consegue fornecer energia para 150 mil habitantes a partir de mil toneladas de detritos/dia. Cubatão tem 118 mil moradores.

O presidente da Emae afirma que o objetivo é atender as nove cidades da Baixada Santista. A usina receberia também o lixo das indústrias de Cubatão (escritórios, refeitórios e industrial). Algumas delas, como a Usiminas, já dão destino aos descartes industriais. A siderúrgica recicla uma parte e o restante é vendido como subproduto do aço.

“Fizemos estudos para estruturação do negócio para tratamento de resíduos sólidos e estamos avaliando os custos e a disponibilidade tecnológica”, afirma ele. A Emae ainda não tem uma área em vista. A empresa é dona em Cubatão da Usina Henry Borden, onde está a Vila Light, mas é uma área preservada.

Após a coleta e transporte do lixo, é feito o tratamento térmico(incineração). Desse processo sai gás, que é tratado para se tornar “limpo”. Depois começa a geração de energia elétrica.

Alguns pesquisadores alegam que há emissão de gases, o que prejudica o meio ambiente (outros alegam que esse impacto é pequeno) e que a queima destrói material reciclado. Porém, entre a coleta na cidade e o transporte até a usina pode ser feita a separação.

Simultaneamente são liberadas cinzas. Esse material segue para cobertura de aterros e produção de escória e de materiais de construção, como tijolos. Outro benefício é que esse tipo de usina reduz as montanhas de lixo nos aterros comuns.

Bolognesi está preocupado com a repercussão da instalação de uma usina de lixo na região. Ele presenciou isso durante o 6º Mega Polo, evento do Sistema A Tribuna de Comunicação, em Cubatão, sexta-feira passada. O executivo falou sobre o projeto e algumas pessoas se manifestaram contra.

O presidente da Emae conta que muitos estudos mostram que uma usina dessas gera 20 vezes menos poluição que um aterro comum. Funcionários da Emae visitaram usinas na Alemanha e, segundo eles, as cinzas da incineração não têm cheiro. Já o transporte do lixo é programado também para não exalar odores ruins.

As usinas europeias não são como os aterros brasileiros, que estão em áreas periféricas, muitas vezes prejudicando o meio ambiente e os moradores vizinhos.

Na Europa, elas ficam em áreas valorizadas e têm projeto arquitetônico arrojado. Por exemplo, há uma próxima à Torre Eiffel, em Paris, e em Mônaco, o metro quadrado mais caro do mundo, com vista para o Mediterrâneo. Em Barcelona, na Espanha, fica de frente para a praia.

Brasil investe muito pouco na tecnologia

Segundo o site Usina Verde, 360 mil toneladas por dia de lixo são tratadas no mundo, em 750 usinas de incineração com recuperação de energia. Desse total 588 estão nos EUA, União Europeia e Japão. O restante fica na Ásia.

No Brasil, essa tecnologia é pouco utilizada. No Rio de Janeiro, uma usina já está em funcionamento em parceria com a UFRJ. Já a canadense Naanovo Clean Energy planeja instalar sua primeira unidade no País. Ela estuda áreas em cinco estados.

A produção de energia a partir do lixo já é feita em Barcelona, na Espanha, e Porto, em Portugal. As duas usinas receberam no mês passado uma comitiva do Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região (Ficon), uma iniciativa do Sistema A Tribuna de Comunicação.

Em Portugal, as 22 cidades que formam a Área Metropolitana do Porto criaram há 11 anos o Serviço Intermunicipalizado de Resíduos do Grande Porto(Lipor). O projeto custou R$ 230 milhões. O Lipor tem três usinas, sendo que a maior fica em Maia, produzindo 25 megawatts por hora (MW/h) para150 mil habitantes.

A empresa, que é 100% estatal, vende R$ 3,4 milhões por mês em energia elétrica e sucata. A grande vantagem é que após 11 anos de atividades os 4 milhões de toneladas de resíduos incinerados não foram para os aterros comuns.

Se isso tivesse ocorrido, segundo o Lipor, o lixo ocuparia um estádio de futebol com uma montanha de 300 metros de altura. O tratamento de resíduos custa R$ 108,10 a tonelada, valor alto para as cidades que hoje enfrentam séria crise econômica.

Em Barcelona, a empresa Ros Roca criou o Ecoparc, com três usinas para produção de gás para eletricidade. Foram investidos R$ 64,4 milhões. O transporte do lixo até as usinas é feito por meio de megaventiladores automatizados de tubulações, dispensando caminhões.

Bactérias decompõem a matéria orgânica em 20 dias ou se alimentam das partículas de odor, eliminando o mau cheiro. Durante essa alimentação, ocorre a produção do gás metano que, purificado, é remetido à rede de gás natural. O metano também abastece os veículos da empresa.

A produção garante energia elétrica para 50 mil habitantes e calefação dos imóveis no inverno, há aquecimento e, no verão, esfriamento. Porém, o raio de ação do Ecoparc é pequeno para os 1,6 milhão de habitantes de Barcelona. Só 5% são atendidos. A infraestrutura exigida, que são as tubulações, impede uma maior velocidade na implantação desse sistema. A extensão atual é de apenas dois quilômetros.

O custo também é outro empecilho ­ o dobro do verificado em Porto.O recolhimento de lixo sai de R$184,00 a R$230,00 a tonelada. A reciclagem ajuda a pagar parte da despesa pelo serviço, estimada em R$ 6,7 milhões por ano.

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E aí, o que acham dessa ideia?

Acessem, comentem e repliquem!

Até.

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Repensar o Consumo

Vídeo excelente de palestra do jornalista especializado em meio ambiente, André Trigueiro, realizada em maio de 2010. Uma crítica severa ao consumismo exacerbado sob o qual a sociedade atual parece cada vez mais mergulhada.

Até breve!

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Brasileiro se preocupa menos com consumo consciente

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/929664-brasileiro-se-preocupa-menos-com-consumo-consciente.shtml    

DA AGÊNCIA BRASIL

Apesar de ter mais informações sobre os problemas ambientais, o número de brasileiros que mantêm hábitos conscientes de consumo é cada vez menor, segundo pesquisa feita pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro).

Para elaborar o levantamento foram feitas entrevistas com mil consumidores de 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas. Entre elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Salvador.

De acordo com o levantamento, divulgado na segunda-feira, 57% dos entrevistados mantêm hábitos que levam em consideração a preservação do ambiente. Em 2007, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, esse percentual era 65%.

A queda desse grupo refletiu desde a escolha de produtos ecologicamente corretos nas gôndolas dos mercados, a preocupação em verificar se os produtos adquiridos eram geneticamente modificados ou transgênicos, até a reciclagem do lixo e a preocupação em fechar a torneira ao escovar os dentes.

A pesquisa também mostrou queda no número de brasileiros preocupados com o desperdício, revelando que, enquanto em 2007, 76% dos entrevistados verificavam os armários e a geladeira antes de fazer compras, este ano 72% disseram manter essa prática.

Para o economista Christian Travassos, da Fecomércio-RJ, em alguns casos, o custo mais alto de produtos ecologicamente corretos inibe a adesão de parte dos consumidores ao grupo do consumo consciente.

“O órgão mais sensível do consumidor é o bolso e ele pondera, na hora do mercadinho, ‘o orgânico é muito legal e ético, mas não tenho condições de comprar’. Não é uma questão estática porque o governo tem condições de incentivar o ‘mais verde’ e ‘ecologicamente correto’ via dedução de impostos e deduções fiscais”, disse Travassos. “Muitos hábitos não envolvem custos”, lembra ele, mas a boa vontade do consumidor, como a seleção de lixo dentro de casa e o reaproveitamento do óleo de cozinha.

SAÚDE NÃO PESA EM ESCOLHAS

A pesquisa mostrou ainda que os consumidores estão menos preocupados com a saúde.

De acordo com o levantamento, 25% dos entrevistados deste ano afirmaram que não verificam a data de validade do produto comprado (em 2007, eram 22%) e 72% disseram que checavam se a embalagem do produto estava danificada. A preocupação com a embalagem foi revelada por 78% dos entrevistados há quatro anos.

O resultado das entrevistas mostrou que entre as mulheres, os idosos e a classe A e B estão o maior número de pessoas conscientes em relação aos hábitos de consumo.

Os dados apontam, por exemplo, que 91% dos brasileiros de terceira idade fecham a torneira ao escovar os dentes (apenas 81% dos jovens cultivam este hábito). Em relação à prática de separar o lixo para reciclagem a relação é de 54% dos idosos contra 37% de jovens.

“Ao mesmo tempo, nossa leitura dos dados tem que considerar que cada vez mais jovens e crianças estão tendo contato com referenciais ecológicos e educação ambiental. Provavelmente, se hoje os idosos e as mulheres têm um cuidado maior com o ambiente, isso não significa que nós não tenhamos, no futuro breve, pessoas entre 24 e 30 anos com uma postura diferente. A grade curricular de muitas escolas aborda os temas e isso é uma tendência para os próximos anos ser confirmada”, avaliou Travassos.

A pesquisa sobre consumo saudável vem sendo realizada anualmente, desde 2007, em 70 cidades brasileiras, pela Fecomércio-RJ e a empresa de pesquisa Ipsos.

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Até a próxima!

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